O quinto dia

Na verdade é uma insurreição da vontade, ou seja, um contra ataque dos intervalos contra a concentração, uma luta entre gregos e troianos num universo que só existe em mim e para mim, um sensível estado de equilíbrio sujeito a todas as perturbações e deslocamentos ( creio no princípio de le Chatelier ) e a média a guerra tem me sido favorável e os espaços, por ora, estão fechados a qualquer investida inimiga, portões fechados, estado de sítio, um novo estado de equilíbrio, por si só,diferente do anterior ( novamente Chatelier ), mas que .........FODA, é só um hábito......

Velho ou clássico?

Hoje estava pensando na questão oferta/procura de músicas em formato eletrônico....Normalmente quem está na faixa dos 16 aos 18 anos gosta de músicas das décadas de 80 e 90 quando "grandes bandas e músicos " surgiram ou a oferta hoje é tamanha que não nos damos tempo para gostar de algo, efetivamente?Fiz um paralelo com os vídeos ( hoje todos disponíveis ), grandes atores e diretores que realizaram grandes trabalhos nas décadas passadas também são os mais solicitados, daí pulei os livros e pasmem os senhores......o mesmo resultado!Enfim, tudo que ficou para trás é denominado "clássico" e o que temos atualmente é "moda", que também será "clássico" daqui a alguns anos, me restringi a uma pequena faixa etária, porque retirando esse filtro as opiniões são constantes, porém para décadas diferentes, enfim, tudo que já passou é melhor, afinal é clássico, mas, o melhor ainda não está por vir? não buscamos o melhor? no meu quarto dia, percebo que hábitos antigos me fazem pensar nos mesmos hábitos antigos, porém de forma estritamente analógica.

Eadem mutata resurgo.

Se é que existe a possibilidade de se habituar a um hábito, eis que pelo terceiro dia me habituei a um novo hábito, não tão complexo e pretensioso como o de antes, mas de dificuldade extrema, ao menos para quem ainda não se adaptou com a falta de intervalos ( é....esta é a definição no qual eu o conhecia ), enfim, tudo bem, ou tudo indo, parafraseando J. Bernoulli, "Embora mudado, devo me erguer o mesmo."É o hábito do hábito.

Mudando de hábito

Quantos hábitos se tornam parte de nós mesmos num dado momento? tantos e tantos hábitos. Quando hábitos precisam ser removidos é que temos a verdadeira compreensão de quanto eles tomam parte do nosso tempo, de quanto percentual ele cobra do seu dia, um desses hábitos é o de fumar cigarros. Hoje estou há um dia inteiro sem fumar e exercer, o que espero, meu ex-hábito, normalmente as crises aparecem exatamente com as mudanças, no meu particular caso, as crises ainda não pediram a voz, nem as fissuras, afinal, foi um bom tempo até aqui, nem lembro como eu era ou o que fazia quando não fumava, mas, fumando lembro de tudo, existem hábitos assim, existem melhores e piores, porém hábitos são hábitos e, quando o automático se sobrepõe é preciso ter cuidado, acho que cuidar é basicamente prestar atenção ou ao menos trocar a atenção, mudar faz parte do meu hábito, afinal, hoje é só o meu primeiro dia.

Ilustração

Enfim, se na final de um campeonato existisse um pênalti no fim do jogo para o time A (que necessita da vitória para ser campeão) contra um time B (que joga pelo empate), a idéia é clara, se o batedor converter, time A campeão, se perder, time B campeão, não nessa proporção, mas imaginemos que existe uma possibilidade de 50% de chnces de o batedor converter, no momento do chute na bola, quem é o campeão????analisando a probabilidade de ele converter, time A campeão, analisando a probabilidade de ele perder, time B campeão, bem, mas só pode haver UM campeão, uma ilustração do gato de Schrödiger, o universo micro se comporta de maneira muito distinta do universo macro, não existem realidades e sim probabilidades. A forma como analisamos, medimos ou observamos SEMPRE interfere na forma de como as coisas realmente são.